Olá a todos, bem-vindos
a mais uma publicação do meu blog. Esta semana pretendo falar sobre a temática
da prevenção e proteção contra incêndios. No decorrer das várias auditorias que
tenho realizado, sejam estas a estabelecimentos de comércio, escritórios,
prestadores de serviços, industria, etc. um dos aspetos a ter sempre em conta
em todos eles são os sistemas de prevenção e proteção contra incêndios.
Este aspeto é de
extrema importância na Higiene e Segurança no Trabalho porque, no caso de
ocorrer algo como um incêndio, o mesmo pode tomar proporções destruidoras
e pode também causar perdas irrecuperáveis.
A proteção da saúde dos
ocupantes/trabalhadores do estabelecimento assume o principal motivo do correto
funcionamento dos sistemas de proteção contra incêndios, isto no meu ponto de
vista, mas contudo é de extrema importância proteger também as instalações,
pois algumas têm um grande valor para os seus proprietários e funcionários,
um incêndio de grandes proporções poderia destruir tudo e causar
assim um grande impacto económico e emocional para todos os seus
funcionários/proprietários.
Para se iniciar
um incêndio é preciso que exista uma combustão. Por sua vez esta necessita de 3
outros fatores que são indispensáveis para dar origem a uma reação
exotérmica, sendo eles:
Combustível: É uma substância que no estado sólido, líquido ou gasoso é susceptível de arder (o que vai arder);
Comburente: É um elemento ou composto químico susceptível de provocar oxidação ou combustão de outras substâncias, (normalmente corresponde ao ar, porque contem cerca de 21% de oxigénio);
Energia de Ativação: É a quantidade mínima de energia para iniciar a combustão de um combustível no seio de um comburente. Esta energia é fornecida na combustão pelos focos de ignição.
Fonte: (Albino 2013)
Fonte da imagem: http://cfqvgd.blogspot.pt/2012/12/combustaotriangulo-do-fogo.html
Os incêndios começam
nos focos de ignição e estes podem ser de origem térmica, elétrica, quimica ou
mecânica. Passo a representar os principais focos de ignição:
Focos de Ignição
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Origem Térmica
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Origem Ecléticas
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Origem Química
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Origem Mecanica
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Incêndios nas
instalações de trabalho acarretam grandes prejuízos, sejam eles materiais ou em
caso mais graves humanos. O fogo decorrido nas instalações de trabalho
(industrias ou empresas) depende da combustão de alguns materiais, ou seja o
fogo tem uma classificação mediante o material envolvido no acidente.
Classificação
do fogo
Classes do fogo
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Designação
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Exemplos Substancias
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Classe A
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Fogos
de materiais sólidos, em geral de natureza orgânica, em que a combustão se
faz, normalmente, com formação de brasas.
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Madeira, Carvão, Papel, Tecidos,
alguns plásticos, etc.
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Classe B
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Fogos
de líquidos ou de sólidos liquidificáveis.
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Óleos, gasolina, álcool, tintas,
ceras, verniz, etc.
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Classe C
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Fogos de gases.
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O metano,
propano, butano, gás natural, acetileno e hidrogénio, entre outros.
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Classe D
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Fogos de Metais.
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Os metais
leves (Alumínio, Sódio, Magnésio, Titânio, etc.)
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Em caso de utilização
dos meios de proteção contra incêndios, deve-se saber que esses estão adaptados
a um ou mais tipos de fogos nos diversos materiais. Poder-se utilizar um
determinado agente extintor que poderá provocar danos graves quer ao utilizador
quer ao ambiente. Deste modo torna-se aconselhável conhecer os diversos agentes
extintores.
Fogos
de Classe A:
Agua - (Em jato ou pulverizada)
Fogos
de Classe B e C:
Neve carbónica - (Extintor com dióxido
de carbono sob pressão que solidifica quando se expande bruscamente).
Fogos
de Classe A, B e C:
Pó polivalente (Pó químico) – (Extintor
em que o pó é dihidrogenofosfato de amónico).
Fogos
de Classe D:
Pó especial - (Extintor em que o pó é
grafite ou cloreto de sódio ou pó de talco, etc.)
Fogos
de Classe A e D:
Areia
Torna-se assim
indispensável para a segurança das pessoas e dos edifícios e existência de
meios de combate ao fogo com uma rápida e eficaz intervenção. Existem vários
meios de combate a incendio e cada uma tem a sua importância. Os meios de extinção, por assim dizer,
podem-se dividir em dois grupos:
Meios
de combate ao incendio internos - Os meios de combate ao
incendio internos podem-se dividir em dois grupos, que são os de primeira
intervenção e os de segunda intervenção.
Primeira
intervenção:
- Os extintores,
- As caixas de areia
- As mantas
- Os sistemas de extinção fixos, que entram automaticamente em funcionamento
Segunda
intervenção:
- Redes secas
- Redes húmidas
Meios
de combate ao incêndio externos - Os meios
de combate externos ao edifício são destinados à ação dos bombeiros,
especialmente as bocas-de-incêndio e os marcos de incêndio.
Existe desde 1 de
Janeiro de 2009 o Dec-lei n.º 220/2008 que estabelece o Regulamento Geral
contra Incêndios, regulamento esse que contem um vasto conjunto de exigências técnicas
à segurança contra incêndios, no que diz respeito à conceção geral da
arquitetura dos edifícios e recintos a construir, alterar ou ampliar, às
disposições sobre construção, às instalações técnicas e aos sistemas e
equipamentos de segurança. Contempla ainda as necessárias medidas de autoproteção
e de organização de segurança contra incêndios, aplicáveis quer em edifícios existentes
quer em edifícios a construir.
Posteriormente, e
porque era necessário regular tecnicamente as premissas apresentadas neste
diploma legal, foi publicada a Portaria n.º 1532/2008 de 29 de Dezembro, que
aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em Edifícios. Esta
portaria vem caracterizar as condições técnicas e especificas referente aos
seguintes aspetos:
- Condições exteriores comuns dos edifícios;
- Condições de comportamento ao fogo dos materiais e equipamentos utilizados;
- Isolamento e proteção dos meios;
- Condições de evacuação;
- Condições das instalações técnicas;
- Condições dos equipamentos de segurança contra incêndios;
- Condições de autoproteção.
O tema dos sistemas de
prevenção e proteção contra incêndios assume uma grande importância na minha
área, não apenas para verificar se todos estão a funcionar bem na prática, ou
proteger vidas humanas e bens materiais, mas também para procurar informar
todos os que estão envolvidos, os riscos que correm com a não utilização ou má
utilização dos mesmos. Torna-se assim necessário apostar na prevenção,
elaborando projetos iniciais já tendo em conta os meios de proteção e a
prevenção contra incêndios.
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